Políticas Cambiais

Política Cambial é uma maneira das autoridades monetárias controlar a entrada e saída de moeda estrangeira em um país. O intuito é adequar a taxa de câmbio ao momento econômico nacional.

Para isso existem os chamados instrumentos de política cambial. Através deles, o BACEN adota medidas de Política Monetária sempre que ocorre uma excessiva valorização ou desvalorização do Real perante o Dólar.

De certa forma é possível concluir que a política cambial busca amenizar a volatilidade da taxa de câmbio.

Assim como qualquer produto tem um valor específico em relação à moeda, uma moeda tem seu valor em relação às demais moedas. A este fator damos o nome de taxa de câmbio.

A taxa de câmbio de um país é expressa em relação ao Dólar Americano por se tratar de uma das mais fortes e tradicionais moedas. A taxa oficial no Brasil é chamada de PTAX. Esta taxa é calculada e divulgada diariamente pelo BACEN.

O câmbio se dá pela relação de oferta e demanda do real frente a outras moedas, como o dólar por exemplo. Essa relação é influenciada por muitos fatores, mas o principal é a relação de importação e exportação, em outras palavras, nossa balança comercial.

No Brasil o regime cambial adotado é o regime de Dirty Float (Câmbio Sujo), com o objetivo de manter o poder de compra do real perante as divisas internacionais.

Em regimes de câmbio flutuante, o preço da moeda é determinado livremente pelas leis de oferta e demanda, sem interferência dos Bancos Centrais.

Quando existe um excesso de oferta de dólar no país, o seu preço em relação à moeda local diminui. Em contrapartida, quando ocorre a falta de dólar, o seu preço em relação à moeda nacional tende a subir.

Neste regime, as taxas são definidas exclusivamente pelo livre mercado.

Em geral, nos países onde a interferência do governo na economia é elevada, a taxa de câmbio é fixa.

Neste tipo de regime, o Banco Central local atua realizando a compra e venda de toda a oferta ou demanda disponível para evitar que ocorram variações nas taxas de câmbio.

Na política cambial de regime fixo, a taxa costuma ser extremamente desvalorizada para auxiliar a economia local a realizar exportações, como o caso da China.

O regime de política cambial híbrida é uma mistura dos regimes fixo e flutuante. Neste modelo há uma interferência do Banco Central local, porém de forma menos acentuada que no regime fixo.

Na política híbrida temos a modalidade de bandas cambiais utilizada no Brasil entre 1994 e 1999, onde a taxa de câmbio tem um valor mínimo e um valor máximo. Nela, há interferência do BACEN quando chega próximo a um dos limites, para mais ou para menos.

A modalidade de “Dirty Float” (câmbio sujo) adotado atualmente no Brasil permite interferência do BACEN apenas para evitar a forte volatilidade nas taxas de câmbio.

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