Semelhante aos Mercados Primários e Secundários "convencionais" não há nada de excepcional no ramo dos Títulos Públicos Federais.
Ponto importante: quem emite os Títulos é a Secretaria do Tesouro Nacional, e não o Banco Central, ok?
O Governo, para se financiar, faz emissão de dívidas para realizar os projetos existentes e pagar as dívidas que estão para vencer (chamado de rolagem da dívida). Nisso, a Secretaria do Tesouro faz a Emissão dos Títulos e negocia com os Dealers.
Os Dealers são Instituições Financeiras autorizadas a negociarem os Títulos Públicos no Mercado Primário. O Mercado Primário é quando na compra desses Títulos, os recursos entram no Caixa do Governo. Após ter a posse desses Títulos, os Dealers fazem negociações no Mercado Financeiro, se caracterizando como Mercado Secundário.
E onde entra o Banco Central? O Banco Central, para controlar a liquidez de dinheiro na economia, negocia Títulos Públicos com as Instituições Financeiras (os Dealers e as outras que não são Dealers). Mas isso não acarreta em geração de caixa para o Tesouro, logo, não é Mercado Primário.
Ou seja, o Mercado Secundário é quando o Banco Central e as outras Instituições Financeiras negociam os Títulos entre si.
Políticas Monetárias como o Open Market são realizadas nesse Mercado Secundário. Quando o Banco Central está buscando aumentar a liquidez (quantidade de dinheiro na economia) ele atua comprando Títulos Públicos das Instituições Financeiras (assim, BC recebe Título e a Instituição Financeira recebe dinheiro por vender o Título).
O contrário é verdadeiro. Em uma Política Monetária contracionista, o Banco Central atua no Open Market vendendo Títulos Públicos, assim, os Bancos ficam com os títulos e pagam o BC em dinheiro. Esse dinheiro sai da economia, o que diminui a quantidade em circulação.
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